“Maritubando” na história da terra dos umaris

Contexto interessante que nos remete ao período, onde ter certo entendimento dele nos posiciona melhor para entender a ocupação europeia por essa área que hoje é Marituba. Em 1780, na Amazônia, o período foi marcado por um intenso processo de demarcação de fronteiras entre Portugal e Espanha, com o objetivo de definir a soberania territorial em áreas disputadas. A região amazônica era um ponto crucial à definição das fronteiras ibéricas na América Meridional. Além disso, a agricultura e a pecuária ganharam importância na região, e o cultivo do arroz, especialmente a variedade Carolina, contribuiu para a prosperidade do Baixo Amazonas. A Amazônia já era densamente povoada por indígenas e a ação humana moldava a paisagem, com sinais de presença humana encontrados em diferentes locais. Frutos como o cacau e a castanha ganhavam importância comercial, impulsionando a exploração da região. Expedições como a de Alexandre Rodrigues Ferreira, que percorreu vastos trechos da Amazônia, contribuíram para o conhecimento da região, seus recursos e populações. Mas a produção de cana-de açúcar era essencial ao comércio local e à exportação.
Dois fatos marcaram, segundo relatos, a história de ocupação de Marituba e Ananindeua, através do mesmo rio, no caso: o Guamá. Diz a história quem em 1780, um engenho denominado de Oriboca começou as suas atividades sob o comando de um escrivão chamado de Manoel José Alves Bandeira e um alferes, chamado de Antônio de Souza Azevedo. O primeiro, possuidor de outros engenhos, e o segundo, de pelo menos 64 escravos, este engenho, diz relatos funcionou até 1799.
Já por Ananindeua, a história diz que no ano de 1790, também existiu um engenho de cana-de-açúcar, no qual, o proprietário era conhecido como Conde Koma de Melo, onde funcionava também às margens do rio Guamá, especificamente na atual colônia agrícola do Abacatal.