Educação embaçada

Ilustração anf

Ouvir que a educação é a base de tudo, tornou-se comum no Brasil; que visa o desenvolvimento integral da pessoa, preparando-a para a vida, ao trabalho e à cidadania já é outra realidade nacional. A educação é considerada um direito humano fundamental, garantindo o acesso a uma formação de qualidade para todos.

Nos últimos tempos, alguns temas importantes ao desenvolvimento do Brasil foram deixados de lado, como o nível, o melhoramento da educação do povo brasileiro. Enquanto isso, países asiáticos avançam em tecnologia e começam a despontar no cenário internacional. Os Tigres Asiáticos, termo usado para caracterizar os quatro países asiáticos que, na década de 1970, passaram por um período de acelerado crescimento e desenvolvimento econômico, industrial e social: Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong, estes tiveram mais cinco novos membros que são Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã, esses países, situados no Sudeste Asiático, experimentam um forte crescimento econômico, imitando a trajetória dos primeiros Tigres Asiáticos, no entanto com um início mais recente.

A China não foi apresentada como tais, porém, teve seu desenvolvimento em função de uma estratégia do governo chinês. Esses países eram atrasados, já o Brasil caminhava na frente deles, onde a Gurgel fundada em 1969 era o sonho que o Brasil teria o seu carro genuinamente brasileiro, no entanto faliu em 1994.

Esses asiáticos abriram suas portas para montadoras americanas e outras, mas com uma ressalva, desde que ensinassem, deixassem sua tecnologia nesses países, pois a oferta de mão de obra barata e matéria prima em abundância sempre foram de grande interesse de países desenvolvidos. Mas esses países asiáticos também investiram maciçamente em educação, onde aprender a sua própria língua, sentido de nação: cultura, história local, apego à nação se incorporou naquilo denominado de ensino fundamental, porém, o Brasil fez tudo diferente, ao contrário e continuou um país agrícola, onde o agronegócio, tornou-se aquilo que mais exporta.

Se compararmos a Zona Franca de Manaus, com as zonas de montagens de países asiáticos, que se tornaram “Tigres” depois dos primeiros, a diferença é absurda do tanto de tecnologia que estes absorveram, enquanto no Brasil se tem dificuldade de aprender, porque as montadoras estrangeiras não têm a obrigação de deixar nada por aqui.

Mudar a maneira como essas montadoras internacionais se instalam no Brasil, protecionismo do que já temos e uma educação fundamental de qualidade precisa ser uma discussão social, pois só política não tem levado o Brasil a nada, onde atos de corrupção, como no caso do INSS, não podem ser o maior caminho de riqueza dessa nação, no qual só uma minoria ganha e proporciona péssimo exemplo às futuras gerações.

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Jece Cardoso

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