Retrospectiva: de Patrícia “Mendes” à Patrícia “Alencar”; os preteridos do seu governo e os com o mesmo “Projeto Mendes”

Ano de 2023, começo do burburinho do nome de Patrícia Mendes, então esposa do homem do “Mundo do Real”, Moysés Mendes, na política de Marituba. Conhecidos como bons vendedores de produtos importados, porém, aprendizes na política maritubense. E como as principais lideranças política do município estavam ressequidas em meio à população, motivo: corrupção e a cidade com os serviços essenciais públicos sucateados, assim, os munícipes local, esperavam por uma espécie de “Messias”, alguém que viesse salvar o povo dos fariseus da vida pública.
Do outro lado, se tinha Everaldo Aleixo, um vereador e ex-aliado do prefeito Mário Filho, que na câmara municipal não economizava o seu latim, inclusive, com palavras de baixo calão contra o prefeito na época. Everaldo, que tinha o jornalista investigativo Roberto Costa, como o seu principal arqueiro em informações privilegiadas e investidas no Ministério Público, Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Federal contra Mário Filho.
Logo, a eleição de 2020, ficou polarizada entre um maritubense, Everaldo Aleixo, contra o casal Mendes, que mudaram para Marituba, apesar de terem comércio na “terra dos umaris”. O resultado, Patrícia Mendes venceu o pleito com 434 votos de diferença para Everaldo Aleixo, foram 21.950 votos para a vencedora e 21.516 para o derrotado.
O governo Mário Filho foi o que mais trouxe gente de fora para trabalhar na prefeitura, principalmente de Belém e Ananindeua, e quando sua mulher se candidatou e foi eleita deputada estadual, esse número aumentou e com gente de outros municípios do interior do estado.
No pós-eleição de 2020, Patrícia Mendes assumiu o comando do executivo local, e de cara uma enxurrada de problemas em sua gestão, logo em janeiro, a descoberta e denúncia da assinatura de uma ata de adesão de compras de uma empresa em Peixe-Boi, onde no primeiro endereço não funcionava uma loja, sim, uma casa de moradia fechada, no segundo endereço, um galpão onde funcionava uma igreja. Já em outra compra suspeita, e também denunciada no mesmo ano, 2021, compras de materiais de informática e eletrônicos que resultou recentemente na “Operação Lifestyle” pelo MPPA.
Mas ações negativas de seu governo em 2021 não pararam por aí, seu marido na época, foi denunciado por um trabalhador mototaxista de agressão, onde relatou que ao pedir para a prefeita o asfaltamento da via onde morava, teve como resposta, sua face agredida por Moysés Mendes, onde segundo o trabalhador, ainda foi intimidado, se falasse iria morrer, pelos seguranças do referido agressor. A rádio comunitária Umari FM foi invadida por aliados do casal Mendes, onde a radcom fazia ferrenhas críticas à forma “ferro e fogo” como a gestão de "Patrícia Mendes" era conduzida.
Depois de 1 ano, o oculto é revelado, onde a prefeita veio em público revelar que “um casal perfeito na rede social, foto e viagem internacional...”não passava de uma farsa, na verdade, ela era agredida por Moysés Mendes e depois de 18 anos, já com independência o deixou para trás.
Essa sua decisão proporcionou outro burburinho, dessa feita, no grupo do casal, principalmente de uma minoria que aprova a maneira um tanto “xiita-islâmica” de como Moysés Mendes conduziu o primeiro ano do governo de Patrícia.
A prefeita deixou o “Mendes” para trás e assumiu o “Alencar”, fortificou o seu grupo político com novas lideranças e no seu jeito, um tanto “devasso” para uns, foi em 2024 reeleita, numa outra disputa com Everaldo Aleixo, só que dessa feita colocou 38.729 votos à frente de seu principal opositor; foram 52.006 votos para Patrícia Alencar contra 13.277 de Everaldo.
Com a saída de Moysés Mendes do governo Patrícia Alencar, uma minoria aliada desde também saiu, mas não fez diferença nenhuma à reeleição da “ex-Mendes”.
Agora, no primeiro ano de seu segundo mandato, está chegando a fatura da justiça e de investigações do seu primeiro mandato, duas operações caíram sobre a gestão “Alencar” e outras poderão vir, e o seu ex-marido foi até detido nessa última investida do Ministério Público, através do GSI (Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional) do MPPA.
De olho às eleições municipais de 2028, na qual, a partir dela o prefeito (a) vai ficar 5 anos no cargo, sem direito à reeleição, o grupo preterido pela gestão “Patrícia Mendes”, aliados de seu ex-marido, ensaia um ressurgimento dele na política, apesar das pesquisas de setembro de 2024, onde colocaram o seu nome, este ter a maior rejeição, superior na época do que a de Mário Filho, Everaldo Aleixo e Mello. Porém, a “Operação Lifestyle” pôs um balde de água fria no projeto de puxadinho político de “Patrícia Mendes”, dessa feita tendo à frente Moysés Mendes, agora o casal, não mais: “um casal perfeito na rede social, foto e viagem internacional...”; mas entre denúncias de violência doméstica.