Operação Lifestyle e a prisão de um empresário

A Procuradoria-Geral de Justiça do Pará realizou, segunda-feira (29), a Operação Lifestyle para investigar suspeitas de fraude em licitações, peculato, corrupção passiva e ativa e associação criminosa envolvendo contratos de informática da Prefeitura de Marituba, na Região Metropolitana de Belém (RMB). Ao todo, 7 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Uma pessoa foi presa.
O empresário Moysés Mendes da Costa Neto, ex-marido da prefeita Patrícia Alencar (MDB), foi preso em flagrante por posse irregular de munição.
Segundo o GSI (Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional) do MPPA, durante buscas na casa dele, em um condomínio de Ananindeua, foram localizadas 18 munições de calibre 12 e 30 munições de calibre 38 dentro do closet do quarto. O empresário disse que o material seria usado na segurança de uma fazenda de sua propriedade, na região de Tailândia.
De acordo com a investigação, há indícios de favorecimento e direcionamento em licitações de serviços de informática. O MP apura ainda a existência de empresa de fachada, já que uma das empresas alvo não funcionava no endereço cadastrado na Jucepa.
Essa não é a primeira vez que o empresário Moysés Mendes é envolvido em assuntos de polícia e justiça, logo no início do mandato de sua ex-esposa, foi denunciado por um trabalhador mototaxista de agressão, onde sua face ficou com hematomas, isso segundo o mototaxista, após reclamar à prefeita sobre a situação critica de uma via, a qual morava, o caso foi parar na justiça e Moysés Mendes teve que indenizar o trabalhador por danos físicos e moral. Esse mesmo empresário também foi denunciado por invadir uma casa com capangas no município de Tomé-Açu, no nordeste do Pará e reponde por outras práticas de agressividade, inclusive já denunciado em vídeo nas redes sociais por sua ex-mulher, onde nem seu filho escapou de ir à delegacia denunciá-lo por agressividade.
Com relação ao caso da Operação Lifestyle, a Prefeitura de Marituba informou que o processo corre em segredo de Justiça e que colaborou integralmente com as autoridades, fornecendo documentos e informações solicitados.
A defesa de Moysés Mendes da Costa Neto alegou que ele "não é o alvo principal da investigação", mas não justifica o motivo dele estar sendo investigado, e que colabora com as autoridades e que as munições encontradas em sua casa "são antigas", ainda segundo a defesa, ele foi liberado após pagar fiança.