De distrito de Beja a município

Município de Abaetetuba

Diz a história, que o distrito de Beja foi o berço da colonização de Abaetetuba. Por volta de 1635, padres capuchinhos vindos do Convento do Una, em Belém, após percorrerem os rios da região, juntaram-se a uma aldeia de tribos indígenas nômades. O aglomerado foi chamado de “Samaúma” e, depois, batizado de “Beja” pelo governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado.

Embora Francisco de Azevedo Monteiro seja considerado, no imaginário popular, o fundador, pois chegou para tomar posse desse território como proprietário de uma sesmaria. Na beira do rio Maratauíra, num local protegido das marés pela ilha de Sirituba e nas proximidades do sítio Campompema e da Ilha da Pacoca, fundou um pequeno povoado, em 1724.

O município de Abaetetuba foi desmembrado do território da capital do Estado, Belém, em 1880, de acordo com a Lei 973, de 23 de março, que também constituiu o município como autônomo.

Um ano depois, em 1881, o presidente interino da Câmara em Belém, José Cardoso da Cunha Coimbra, instalou, no município, a Câmara Municipal de Abaeté. Por meio do Decreto-Lei 4 505, de 30 de dezembro de 1943, foi instituído o nome “Abaetetuba”.

Este cresceu às margens do rio Maratauíra (ou Meruú), que é um afluente do rio Tocantins.

Há duas histórias sobre a colonização da região de Abaetetuba, segundo Palma Muniz, iniciou-se a partir do distrito de Beja, que inicialmente era a região indígena denominada Samaúma, aldeia dos indígenas nômades (provavelmente tupinambás), que por volta de 1635, no contexto da Capitania do Grão-Pará (1621–1821), os padres capuchinhos de Santo Antônio (ou Franciscanos da Província de Santo Antônio) do Convento do Una da cidade de Belém (1617), após percorrerem os rios da região (como o rio Uraenga/Ararenga), catequizaram esta aldeia. E posteriormente a comunidade foi batizado de "Beja" pelo então governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado (período de 1751–1759).

Segundo Luiz Reis, na obra historiográfica "Abaetetuba", o português Francisco de Azevedo Monteiro, recebeu uma sesmaria na região do atual núcleo urbano de Abaetetuba, onde iria dedicar-se à exploração de especiarias e gêneros amazônicos, onde ali fundou um ajuntamento. Que segundo a tradição oral, em 1745, Francisco estando na sesmaria, aportou com sua família na região devido um temporal.

Em 1750, foi criado o distrito com a então denominação "Abaeté", ligado ao município de Belém. O distrito foi desmembrado do território da capital do Estado, e constituído como região autônoma e vila em 1880 (via Lei 973, de 23 de março). Em 1895, foi elevado à condição de cidade mantendo a denominação Abaeté (via lei estadual n.º 334), mas em 1930 voltou à condição de distrito até 1935 quando foi elevado a categoria de município.

Em 1943, o município de Abaeté passou a ter a denominação "Abaetetuba" (via lei estadual n.º 4 505).

Em 2010, o Engenho Pacheco localizado no rio Furo Grande em Abaetetuba foi tombado como patrimônio histórico estadual, pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

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Bárbara Silva

Colunista

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