Entrevista com Cleiton Palmeira

Para esta publicação trouxemos para um bate-papo, um dos mais respeitados radialistas do Pará, trata-se de Cleiton Sebastião Palmeira da Silva, conhecido como Cleiton Palmeira, hoje com 75 anos, também jornalista, onde dirige o jornal Passaporte e tem formação superior em gestão ambiental. Natural de Belém do Pará, onde nos relatou que começou suas atividades em emissoras de rádio, em 1968, levado pelo radialista, que hoje está com 85 anos, Luiz Andrade, onde a história começa assim: “O apresentador Cezar Brasil, que era um radialista famoso na época, de um programa noturno, na antiga Difusora, que passou mais tarde a ser chamada Liberal, teve um problema de saúde, então precisaria se tratar por um tempo, este pediu para Luiz Andrade, apresentar o seu programa. Nesse período, Cleiton Palmeira e Luiz Andrade eram bancários, contudo, Cleiton relata que incentivou o amigo para aceitar o desafio e que ele o ajudaria. Onde nos disse: “Comecei lendo cartas no programa! Certo dia, o Luiz Andrade não pode ir, então pediu para eu ir fazer o programa e fui, daí começa a minha trajetória pelas rádios não só do Pará, mas também do estado do Amazonas!”. E completa: “Dirigi a rádio Itacaiunas, em Marabá; trabalhei na rádio Baré, em Manaus; na Difusora, também em Manaus! Trabalhei na primeira FM de Manaus, a rádio Cidade e no Pará, nas rádios: Club, Liberal e Marajoara!”.
Cleiton Palmeira nos conta histórias interessantes da radiodifusão daquela época, onde numa relata, que o radialista Ronald Pastor, que apresentava as notícias, uma espécie de “rádio-jornal” da época, onde tinha uma voz de um grave peculiar e dirigiu muitas emissoras, o batizou de “O Amigo das Donas de Casa”, pelo fato de em seu programa matinal receber muitas cartas de ouvintes donas de casa que mandavam receitas para Cleiton Palmeira ler aos seus ouvintes, o que hoje a TV faz, tipo no programa de Ana Maria Braga, Cleiton Palmeira fazia isso no rádio, há 30 anos. Conta-nos outro fato, os dos casamentos no rádio, onde foi também foi apelidado de o “Santo Antônio do Rádio”.
E nos disse: “Naquela época se fazia programas de rádio, pelo simples fato de se gostar, como se fazia esporte, o jogador de futebol, jogava bola, porque gostava de jogar bola, simplesmente se gostava da atividade; hoje em dia não, ou é por interesse só financeiro ou político, acho que assim não ficou legal!”.
Questionado sobre as redes sociais e a rádio, Cleiton Palmeira disse: “Creio que as redes sociais têm o seu espaço, não tenho dúvidas disso, porém, elas jamais vão acabar com o rádio, onde este sempre será ouvido em qualquer lugar, inclusive em locais onde não houver sinal de internet, mas se houver um radinho de pilha, aquela pessoa que não tem internet vai ter acesso, poder escutar uma música, ouvir uma voz, sentir pela audição alguém como companhia!”.
Em suas considerações finais, frisou: “Agradeço a oportunidade me concedida por este jornal, para poder contar um pouco da minha história no rádio e dizer que agora trabalho em um jornal, O Passaporte, com informações diversas, um trabalho independente, onde continuo na comunicação, e é muito bom ser lembrado, onde somente agradeço aos amigos da A Nova Folha!”.